A morte e a serenidade

Eu sempre achei que nós não fazemos jus à racionalidade com que fomos brindados quando temos que enfrentar a morte. E a exceção que confirma esta regra é Randy Pausch. Eis a descrição da palestra:

In 2007, Carnegie Mellon professor Randy Pausch, who was dying of pancreatic cancer, delivered a one-of-a-kind last lecture that made the world stop and pay attention. This moving talk will teach you how to really achieve your childhood dreams. Unmissable.

Mas não se engane, esta palestra não é sobre sonhos. É sobre morte (para nós um pesadelo) e serenidade.

Isso me lembra uma letra do Gil:

não tenho medo da morte/mas sim medo de morrer/qual seria a diferença/você há de perguntar/é que a morte já é depois/que eu deixar de respirar/morrer ainda é aqui/na vida, no sol, no ar/ainda pode haver dor/ou vontade de mijar

a morte já é depois/já não haverá ninguém/como eu aqui agora/pensando sobre o além/já não haverá o além/o além já será então/não terei pé nem cabeça/nem figado, nem pulmão/como poderei ter medo/se não terei coração?

Eu sei que ver uma hora de palestra nos dia de hoje soa um tanto absurdo. Eu também demorei a ver, estava com esta palestra no meu browser há mais de um mês. Mas vale a pena cada segundo. A postura do cara é comovente.